Olá a todos, nesta noite chuvosa porém nem por isso triste.
Amanhã veremos juntos, mas há uma poeta (ou poetisa, não me decido...) brasileira que morreu há pouco tempo, a Hilda Hilst. O Zeca Baleiro musicou uma série de poemas dela, gravados por um povo independente, só com intérpretes de boa cepa: Monica Salmaso, Veronica Sabino, Bethânia, Angela Ro Ro...
Vale a pena conferir a Bethânia, cantando um dos poemas que leremos em sala:
http://www.youtube.com/watch?v=a0WYwH7y8J0&feature=related
O poema foi/será o lido em sala, mas eu reproduzo aqui embaixo, de tão lindo que é:
É um dos poemas da "Ode descontínua e remota para flauta e oboé. de Ariana para Dionísio" (Giulliano: isso serve para seu TCC, se liga!)
A minha Casa é guardiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências.
E transmuta em palavra
Paixão e veemência
E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água da tua boca.
A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
À uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta
Por que recusas amor e permanência?
Não se esqueçam do blog do Sérgio Vaz: www.colecionadordeossos.blogspot.com
Abraços - até amanhã de manhã!
Ana